Nunca diga, alma querida, que é pobre e nada tem para dar ao seu irmão.
Lembre-se de que a legítima caridade é fonte de amor puro a nascer-lhe do coração:
a colherzinha de sal, o pedaço de pão, a roupa em desuso, o sapato abandonado,
a gota de sedativo capaz de silenciar a dor, o sorriso fraterno, um olhar de ternura,
o perdão para a ofensa, o silêncio para a injúria, a luz da prece em favor do doente esquecido.
Nunca deixe passar em vão o seu dia. Assinale-o com um ponto positivo de luz,
no coração do tempo que se chama hoje, e seu crédito estará sempre crescendo aos olhos de Deus.
(Jerônimo Mendonça. In: Escalada de Luz)