A VOCÊ... QUE VEIO ME VISITAR, PAZ E LUZ .....OLGA..... VOLTE SEMPRE !!!

Humildade de Espírito…

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A humildade é o ingrediente indefinível e oculto sem o qual o pão da vida amarga invariavelmente na boca.
Amealharás recursos amoedados a mancheias, entretanto, se te não dispões a usa-los,

edificando o conforto e a alegria dos outros, na convicção de que todos os bens pertencem a Deus,

em breve converter-te-ás em prisioneiro do ouro que amontoaste, erguido, assim, à feição de teu próprio cárcere.
Receberás precioso mandato de autoridade entre as criaturas terrestres,

no entanto, se não procuras a inspiração do Senhor para distribuir os talentos da justa fraternidade,

como quem está convencido de que todo o poder é de Deus, transformar-te-ás, pouco a pouco,

no empreiteiro inconsciente do crime, por favoreceres a própria ilusão,

buscando o incenso a ti mesmo na prática da injustiça.
Erguerás teu nome no pedestal da cultura, contudo, se te não inclinas à Sabedoria da Eternidade,

acendendo a luz em benefício de todos, como quem não ignora que toda inteligência é de Deus,

depressa te rojas ao chavascal da mentira, angariando em teu prejuízo a embriaguez da vaidade e a introdução à loucura.
Lembra-te de que a Bondade Celeste colocou a humildade por base de todo o equilíbrio da Natureza.
O sábio que honra a ciência ou o direito não prescinde da semente que lhe garanta a bênção da mesa.
O campo mais belo não dispensa o fio d´água que lhe fecunda o seio em dádivas de verdura.
E o próprio Sol, com toda a pompa de seu magnificente esplendor, embora fulcro de criação,

converteria o mundo em pavoroso deserto, não fosse a chuva singela que lhe ambienta no solo a força divina.
Não desdenhes, pois, servir, aprendendo com o Mestre Sublime, que realizou o seu apostolado de amor entre a manjedoura desconhecida e a cruz da flagelação,

e serás contado entre aqueles para os quais ele mesmo pronunciou as inesquecíveis palavras:
“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque a eles mais facilmente se descerrarão as portas do Céu”.
XAVIER, Francisco Cândido. Intervalos. Pelo Espírito Emmanuel. O Clarim.